quinta-feira, 23 de abril de 2009

Utilizo a obra “Bordel, Brasilírico Bordel” para produzir “Corrimentos de uma IMprodução” como instrumento poético para direcionar a partir de um plano seqüência minhas reflexões sobre o consumo da cidade através de flashes escorridos, corridos de um fluxo de reação ao espaço urbano juntamente com os letreiros poéticos de Jomard, delírios de conversas em corredores universitários sobre Certeau e a reformulações celestiais de Virginia Woolf no céu de fim de tarde. Venho gritar contra o estabelecido espacial num surf terceiro-mundista por carona de caminhão...



Crítica e análise de Angélica de Moraes:
"Bem que eu sentí um clima Glauber no teu trabalho... A fala em
off no tom catártico e caótico no "Corrimento" lembra o Mestre e seus
programas de TV. Algo que também remete à antropofagia, às alucinações de
clamar no deserto com muito sol na cabeça. Gosto muito disso. É um Brasil há
mil anos-luz desse cinema "modelito Globo" que alguns publicitários
paulistanos e cariocas bem sucedidos vêm fazendo e que me enchem de tédio.
Escorrimentos: Gosto mais da palavra Tristesina para título... Afinal, você a coloca no texto-poema e na narração em off algumas vezes. A idéia desse vídeo é boa. As imagens caóticas remetem ao caos urbano e aos caos existencial do homem urbano que você quer expressar. E você consegue dizer isso tudo com alguma eficiência. Boa adequação entre conteúdo e modo de tratar o assunto, portanto. O texto em dois níveis de leitura (visual e auditiva) também é uma boa. Excelente trilha sonora. Na minha opinião, porém, acho que esse vídeo teria muito a ganhar se tivesse uma edição de imagens mais enxuta. Vou ser radical: em metade desse tempo, você diz melhor tudo que quer dizer. Afinal, se o assunto é o caos urbano (entre outras coisas) o ritmo deve ser veloz, mais para o videoclipe do que para o documentário. Dos três videos que vi, foi o que gostei mais, o que apresenta maior eficiência na realização, maior proximidade entre idéia e resultado. O video que me fez ver que você tem talento."

Angélica de Moraes trabalhou no jornal "O Estado de S. Paulo", realizando coberturas internacionais tais como várias edições da Documenta de Kassel (Alemanha) e Bienal de Veneza (Itália), além de mostras como Sculpture Projects (Münster, Alemanha), ARCO (Madri, Espanha), Art from Brazil in New York (EUA), Ultramodern (Washington, EUA) e Trienal de Yokohama (Japão). Representou a América Latina no Internacional Artistic Writers Encounter (Tóquio, Japão, setembro de 2001). Organizou a exposição individual de Regina Silveira (“Grafias”), que ocupou todo o primeiro andar do Museu de Arte de SãoPaulo (Masp,1996) e as coletivas "Território Expandido" I, II e III (Sesc-Pompéia,1999, 2000 e 2001), evento paralelo à entrega do Prêmio Multicultural Estadão. Fez coordenação curatorial, ao lado de Fernando Cochiaralle e Daniela Bousso, do primeiro Rumos Visuais Itaú Cultural (1999-2000), programa de mapeamento nacional de novos artistas. Realizou a mostra itinerante "Arte Política: Isso são Outros 500" (Itaú Cultural, São Paulo; Fundação Joaquim Nabuco, Recife; Dragão do Mar, Fortaleza, 2000).


EVENTO QUE PARTICIPOU:
8 Mostra do Filme Livre, (RJ) Abril de 2009.
Mostra Índice de Vídeo Arte, (PE), 2007.

Um comentário:

  1. Fi quei com fal ta
    De ar
    Pre ci so...
    Pre ci so...
    Pre ci so
    Res
    Pi rar
    Per di
    Total mente
    O
    fô lê go
    Do cor
    rer...
    Cor
    rer …
    cor
    rer...
    e em nem um
    lugar
    che gar...

    Kadja Ravena

    *Mas Certeau acertou.

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