segunda-feira, 27 de abril de 2009

PIAUIÊS

O Grupo Cultural APICE, em parceria com a TV Assembléia, vem realizando uma série de experimentos em vídeo dialogando a peça Black Shit com a linguagem audiovisual.
Mixando uma série de referências do grupo, a comicidade é exposta através de mais uma possibilidade de ampliação do trabalho.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

LEMBRETE ANEXADO ABAIXO:

No Piauí se faz vídeo também.
Utilizo a obra “Bordel, Brasilírico Bordel” para produzir “Corrimentos de uma IMprodução” como instrumento poético para direcionar a partir de um plano seqüência minhas reflexões sobre o consumo da cidade através de flashes escorridos, corridos de um fluxo de reação ao espaço urbano juntamente com os letreiros poéticos de Jomard, delírios de conversas em corredores universitários sobre Certeau e a reformulações celestiais de Virginia Woolf no céu de fim de tarde. Venho gritar contra o estabelecido espacial num surf terceiro-mundista por carona de caminhão...



Crítica e análise de Angélica de Moraes:
"Bem que eu sentí um clima Glauber no teu trabalho... A fala em
off no tom catártico e caótico no "Corrimento" lembra o Mestre e seus
programas de TV. Algo que também remete à antropofagia, às alucinações de
clamar no deserto com muito sol na cabeça. Gosto muito disso. É um Brasil há
mil anos-luz desse cinema "modelito Globo" que alguns publicitários
paulistanos e cariocas bem sucedidos vêm fazendo e que me enchem de tédio.
Escorrimentos: Gosto mais da palavra Tristesina para título... Afinal, você a coloca no texto-poema e na narração em off algumas vezes. A idéia desse vídeo é boa. As imagens caóticas remetem ao caos urbano e aos caos existencial do homem urbano que você quer expressar. E você consegue dizer isso tudo com alguma eficiência. Boa adequação entre conteúdo e modo de tratar o assunto, portanto. O texto em dois níveis de leitura (visual e auditiva) também é uma boa. Excelente trilha sonora. Na minha opinião, porém, acho que esse vídeo teria muito a ganhar se tivesse uma edição de imagens mais enxuta. Vou ser radical: em metade desse tempo, você diz melhor tudo que quer dizer. Afinal, se o assunto é o caos urbano (entre outras coisas) o ritmo deve ser veloz, mais para o videoclipe do que para o documentário. Dos três videos que vi, foi o que gostei mais, o que apresenta maior eficiência na realização, maior proximidade entre idéia e resultado. O video que me fez ver que você tem talento."

Angélica de Moraes trabalhou no jornal "O Estado de S. Paulo", realizando coberturas internacionais tais como várias edições da Documenta de Kassel (Alemanha) e Bienal de Veneza (Itália), além de mostras como Sculpture Projects (Münster, Alemanha), ARCO (Madri, Espanha), Art from Brazil in New York (EUA), Ultramodern (Washington, EUA) e Trienal de Yokohama (Japão). Representou a América Latina no Internacional Artistic Writers Encounter (Tóquio, Japão, setembro de 2001). Organizou a exposição individual de Regina Silveira (“Grafias”), que ocupou todo o primeiro andar do Museu de Arte de SãoPaulo (Masp,1996) e as coletivas "Território Expandido" I, II e III (Sesc-Pompéia,1999, 2000 e 2001), evento paralelo à entrega do Prêmio Multicultural Estadão. Fez coordenação curatorial, ao lado de Fernando Cochiaralle e Daniela Bousso, do primeiro Rumos Visuais Itaú Cultural (1999-2000), programa de mapeamento nacional de novos artistas. Realizou a mostra itinerante "Arte Política: Isso são Outros 500" (Itaú Cultural, São Paulo; Fundação Joaquim Nabuco, Recife; Dragão do Mar, Fortaleza, 2000).


EVENTO QUE PARTICIPOU:
8 Mostra do Filme Livre, (RJ) Abril de 2009.
Mostra Índice de Vídeo Arte, (PE), 2007.
Paranóia infantil em torno dos universos criados em shoppings, onde o prazer de um consumo destruidor e a vontade de fugir se condensam numa rebeldia contemplativa.



"Uma boa idéia mas acho que precisa trabalhar melhor o conceito para expressar de modo mais eficiente isso nas imagens. Excelente trilha sonora. Também caberia uma edição mais enxuta das imagens. Muito da potência delas se perde pelo tempo excessivo em que ficam girando na tela. Ótima idéia reunir parque de diversões a supermercado."

Angélica de Moraes.

Curadora da mostra de arte eletrônica "Sem Fronteiras", que inaugurou o Santander Cultural, em Porto Alegre, em agosto de 2001. Curadora adjunta da mostra “Por que Duchamp?” (Paço das Artes, São Paulo,1999). Curadora da individual de Elida Tessler (“Vasos Comunicantes”) na Pinacoteca do Estado de São Paulo (maio-junho de 2003) e da individual de Alex Flemming no Paço Imperial do Rio de Janeiro (dezembro 2003-fevereiro de 2004). Fez a curadoria da coletiva “Pintura Reencarnada” (maio-julho de 2004, Paço das Artes, São Paulo, SP) e da mostra monográfica “A Mais Completa Tradução”, sobre o escultor Victor Brecheret, para o Museu de Arte Moderna de São Paulo (novembro de 2004- janeiro de 2005). Organizou a coletiva “Trajetória/Trajetórias” (Gabinete de Arte Raquel Arnaud, maio de 2005). Organizou e escreveu dois textos para o livro "Regina Silveira: Cartografias da Sombra" (co-edição Edusp-Fapesp, 1996). Participou com dois textos no livro “Mídia-arte: fomento e desdobramentos (Instituto Sergio Motta, 2003) e com um texto no livro “Marcantonio Vilaça” (ed. Cosac&Naify, 2001). Criou o projeto editorial e foi editora do Caderno T, publicação sobre política cultural do Instituto Takano, encartada mensalmente na revista Bravo de novembro de 2000 a maio de 2002. Fez crítica de artes visuais para a revista Veja (1988-90). Participou e participa de inúmeros júris de salões de arte, inclusive do júri nacional da 20a Bienal de São Paulo (1989).

EVENTO QUE PARTICIPOU:
Festival Câmera Olho, (SP), 2007.
7 Mostra do Filme Livre, (RJ), 2007.

projeto estético de uma estrutura sempre aberta

MUSICALIDADE A LA BAUHAUS E A DOR DA INCOMPELTUDE.

POVOAR(RE)POVOAR

OLHANDO A CIDADE EM 1 MINUTO.



EVENTO QUE PARTICIPOU:
I Festival de Filmes de 60 Segundos (PI), 2007.

O GARÇON SOLITÁRIO EM PAISAGEM DESCONHECIDA.

UM VÍDEO CEREBRAL...

ELES DIZEM POR AÍ...

eu mesma

A POSSIBILIDADE ELETRÔNICA DE UM OLHAR INTERIOR...
UM BRINDE DE MEIRE FERNANDES.


Audiovisual inspirado em um diálogo do filme BAR ESPERANÇA, dirigido por Hugo Carvana em 1983. É produzido a partir de colagem de fotografias femininas publicitárias, que refletem a imagem da mulher estereotipada, a figura magérrima e impecável da mulher ideal programada pela mídia. Junto às fotografias filmadas criam-se labirintos de palavras e frases soltas, fazendo um jogo com os textos do filme citado.
Em tons vermelho e laranja saturados, os sons misturam-se inventando um ambiente altamente subjetivo que questiona: eu também sou uma caricatura de mim mesma?


PASSARINHO - Ah, sei, tás aí fazendo caras de intelectual
fingindo que tem vida interior intensa, né?
Vocês não passam de uma caganita humana que se
vende pra televisão.
ZECA - Poupa meu saco, Passarinho ... Eu já me despedi
da tevê.
PASSARINHO - Ah, sei, tás aí fazendo caras de intelectual
independente fingindo que tem peito pra saltar
fora do sistema, né? Não passas de um chefe de
família burguesa e oportunista.
ZECA - Eu me separei da minha mulher, Passarinho. Vê
se me esquece, tá?
PASSARINHO - Ah, sei, tás agora fazendo caras de intelectual
liberado e homem vivido, aberto às novas
experiências sexuais reichianas, né? Não passas
de um machão latino, devasso, castrado e
castrador.
ZECA - Ô, Passarinho, te conheço há vinte e cinco
anos. Se você é meu amigo me deixa em paz aqui
com a minha birita.
PASSARINHO - Ah, sei, fazendo caras de intelectual com
grandes problemas existenciais que aparecerão
na sua própria peça de teatro, né? Sou teu
amigo mas você continua sendo um bundão.
ZECA - (Explodindo) Ô Passarinho, poupa-me da tua
amizade, tá? Poupa-me da sua amizade!!!
PASSARINHO - Ah, sei, fazendo caras de intelectual de
geração perdida, fingindo que é agressivo e
vingador, né? Seu Hemingway de merda!
ZECA - Que praga, você, Passarinho ... Eu tenho que
sair daqui, sumir, desaparecer, não agüento
mais! Vocês todos!
PASSARINHO - Ah, sei, fazendo agora caras de intelectual
marginal e metido a ecologista, anarquista,
fingindo de feminista, livre e selvagem, né?
ZECA Porra, não há guarda chuva contra você, hein,
Passarinho?!
PASSARINHO - Ah, sei, citando poema de João Cabral de Melo
Neto pra posar de sensível e bem informado, né,
ô babaca?!
ZECA - Já entendi. Só tem uma saída. Há anos você
provoca isso. Vamos sair na porrada! (Pessoas
em volta vendo a discussão e o desafio)
PASSARINHO - Ah, sei, posando de intelectual que toma
resoluções dostoievskyanas e vitais, ô babaca?!
ZECA - Mas não vamos brigar aqui no bar, não. Aqui tem
a turma do deixa-disso e separa a briga. Vamos
num lugar deserto, sair na porrada firme, até
um dos dois não agüentar mais levantar do chão.
Vamos lá! Agora vamos lá! (Pessoas olham, não
sabem se intervêm ou não, deixam-nos sair)
(Zeca já empurrando Passarinho para fora do
bar).
PASSARINHO - Ah, sei, fazendo caras de cowboy contido e
valente que explode, né, ô babaca?!
Zeca andando firme e decidido, Passarinho atrás dele. Andam por várias
ruas. Param. Olham-se desafiadores.
ZECA - Não, aqui não. Ainda tem gente que pode separar
a briga. Quero te arrebentar num lugar
sossegado!
Zeca - anda mais apressado e decidido. Passarinho segue-o (Andam por
outras ruas. Às vezes param, olham-se com ódio, seguem) (Chegam à
praia. Os dois param. Planos gerais dos dois na praia deserta. Eles
pulam para a areia. Andam em direção ao mar. Param).
ZECA - Então é isso mesmo, né, Passarinho?
Passarinho olha Zeca na defensiva.
ZECA - Como é que é? É porrada mesmo que você procura?
Passarinho olha Zeca na defensiva.
ZECA - Como é que é, ô porra?
Passarinho calado, na defensiva.
ZECA - Você é um fascistinha de merda. Cadê tua
agressividade agora? (Vai se exasperando) Como
é que é? Olha não dá pra te arrebentar assim a
frio. Me dá uma porrada na cara! Pra me subir o
sangue! Vai! (Expõe a cara) Dá! Dá uma porrada
na minha cara! (Passarinho olha-o sério).
Porra, você não é ninguém (Zeca explode) É uma
cabeça fascistinha rondando pelos bares! (Zeca
chuta areia, há uma cesta de lixo preto, Zeca
corre e chuta o lixo, chuta muitas vezes, tenta
destruir a cesta de metal. Não consegue.
machuca-se Zeca Transtornado).
Você é um merda. Eu sou um merda, isso aqui
tudo é um imenso cagalhão! Tudo isso é fraude,
é mentira, é hipocrisia - vocês, nós todos,
vocês pensam uma coisa, falam outra e fazem uma
terceira! Tudo bundão! Todos nós somos uns
bundões! Chega de mentir! Tudo bundão
mentiroso! Nós somos a caricatura de nós
mesmos!
O mar. A voz de Zeca aos gritos. Volta
Passarinho, perplexo, olha Zeca que chora desesperado, na areia,
no meio do lixo da lata. Fica um tempo assim. Passarinho tenta fazer
um gesto de se aproximar de Zeca mas é incapaz. Plano geral. Os dois
parados na praia entre o mar e os edifícios. Ao longe os soluços de
Zeca. Volta plano próximo. Zeca se recompõe.
ZECA -Troço mais ridículo ... Quanta babaquice ...
Tudo babaquice, caricatura ...
Zeca se aproxima de Passarinho, de repente. Passarinho assusta-se e
faz um gesto de defesa. Zeca ri.
ZECA - Não é nada não, ô meu irmão em babaquice. É só
pra evitar o vexame. Todo mundo viu a gente
sair pra brigar. Então vamos voltar com cara de
quem brigou.
Zeca - despenteia Passarinho aos tapas, rasga-lhe a camisa, abre e
decompõe sua própria camisa e seu próprio cabelo.
ZECA - Vamos embora, que você não é nada.
Andam de volta à calçada. Calados. Sobem a calçada.
PASSARINHO Ah, sei, agora estás fazendo caras de
intelectual desesperado que não tem nada a
perder na vida ...
Zeca olha-o com ódio. Depois começa a rir, gargalhadas, morre de rir.
Passarinho olha-o sério. Zeca, chorando de tanto rir, abraça
Passarinho e vão os dois, bêbados, atravessando a Vieira Souto, de
volta.
ZECA (Às gargalhadas) É ... Vamos voltar pro bar,
mesmo. É o nosso refúgio ...

EVENTO QUE PARTICIPOU:
16 FESTIVÍDEO, (PI), 2008.

apropriar II

DAVID CRONENBERG, AO REALIZAR "VIDEODROME" (1986), DEVIA TER CONHECIDO A VERSÃO TROPICAL DE ARNALDO ALBUQUERQUE EM FINS DA DÉCADA DE 70.
NUMA SEQUÊNCIA, INTERPRETO NA PERSPECTIVA DE MATMOS O BLOQUEIO DE NOSSAS INFÂNCIAS TELEVISIVAS.

poética do espaço

CÂMERA QUE TREME E DIZ ASSIM...

ALBUM



Trabalho numa perspectiva de abandono,experiencia-limite, que acaba mixada num modelo de video-acontecimental, são as coisas da cidade que pulsam em sutilezas brutais. O envolvimento com esses poros negativos que compõem a urbe de teresina acabam por influenciar na minha prática, um desencantamento poético do mundo, que mostra em toda minha videoografia que "é preciso e urgentíssimo que alguem escreva para nada salvar", como diz Jomard.

Vídeo que enfatiza histeria e mal estar, num distanciamento crítico da realidade, na apropriação de referências imagetico-musicais sem a devida preocupação de melhorar ou mudar a vida do olho de quem vê, apenas corroer os ultimos ossos que sobram. Ver o espectador se debatendo com a obra e encontrando nela a espinha fundamental para sua transformação ou aprofundamento da indiferença com o outro na nossa dita "contemporaneidade".

Esse vídeo fala um pouco disso, da indiferença, da margem e da desolação em sua máxima crueldade, os gatos aparecem desfocados para enfatizar seu vazio perante o paredão que constitue-se nitidamente ao fundo da tela, uma tremedeira esmagadora da câmera, invadindo sem respeitar aquele momento dilacerante da privacidade, um desreipeito a um membro morto de uma famila morta. O que é um gato morto? Até onde vamos apreciar a nossa coisificação?

Assim, aquele album desmanchando pela voracidade da máquina que esmaga é cortado pelos berros do cão (que se maravilha ao ver a paisagem ficar enegrecida pelo seus olhos cheios de sangue e alegria), até uma pá retirar do asfalto aquele trapo que atrapalha o trânsito, assim como nós usamos a nossa pá, para retirar nossas impurezas mais decadentes da passagem que só interessa a nós.


Porquê "concepção"? Para mim o vídeo é isso: uma concepção, marcada pela sua flexibilidade do errar ao fazer o ideal, de digerir e friccionar, de compor as extremidades da imagem sem se preocupar (mas com a devida responsabilidade) com o mercado, que só tende a homogeneizar a criação, enfim.
A concepção me passa prazer, momento de formular o conceito para a imagem em movimento, o entrar e o sair da criação e acima de tudo: focar a idéia, não a narrativa filmica tradicional.
Concepção é flexivel, direção é autoritária.

Bem, acho que "Album" foi uma experiência forte pra mim, os gatos expostos são símbolos de nossa desumanidade, não pelo viés vitimista, mas pela certeza cada vez mais clara que os homens e afastam uns dos outros...

PALIMPSESTOS FOTOGRÁFICOS

MINI-DOCUMENTÁRIO REALIZADO POR ARISTIDES OLIVEIRA E MEIRE FERNANDES.
REGISTRO DE INTERVENÇÃO FOTOGRÁFICA.


Este trabalho teve como objetivo utilizar retratos antigos como suporte de pesquisa entorno da imagem fotográfica, buscando discutir: suas formas de produção e consumo. O contato com um acervo particular de fotografias, que tinha como destino o lixo, instigou questionamentos entorno dessas imagens. Não de que família, cidade ou Estado estas imagens eram originadas, mas de como o olhar contemporâneo poderia se relacionar com estas construções imagéticas do passado, que causam estranhamento, precipitando sensações, lembranças e significados nos observadores.
A detentora dos retratos, uma professora de 53 anos, que não quis se identificar, não mais tinha interesse em guardá-los e por esse motivo estava se desfazendo das fotografias, quando sensibilizada, outra senhora pediu para que não as jogassem no lixo dizendo que guardaria os retratos em sua casa, assim, mesmo se tratando de desconhecidos, esta preservou aquelas imagens. Nos apropriamos dos retratos, empregando o conceito utilizado por Marcel Duchamp para designar “criação, considerando a relação da arte com os objetos cotidianos”, buscamos re-apresentar estas imagens, sobrepondo novos sentidos e significados para esses retratos.
Após os estudos realizamos um espaço de experimentação conceitual, que se caracterizou em ampliar seis destes retratos e realizada uma exposição no centro da cidade de Teresina, na Praça Pedro II, que funcionou como uma intervenção visual no espaço urbano. Durante a intervenção realizada, todo movimento entorno das imagens, as interações e relações criadas entre os espectadores e as imagens escolhidas para a experiência foram registradas. Registros e vivências pessoais nos mostraram reações das mais diversas entre um aspecto espectral das imagens e o incômodo em torno delas, numa relação de provocação, atração o que nos possibilitou também pensar um pouco sobre os usos da fotografia atualmente, a banalização da imagem fotográfica e a poluição visual urbana, numa sociedade tão marcada pelo bombardeamento de informações efêmeras e dispersas dentro do esquema da indústria cultural, que não proporciona a reflexão e criticidade dos caminhantes na malha urbana, fortemente impedidos de vivenciar seus desejos e de perceber seu espaço.
A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Federal do Piauí no curso de Artes Visuais por Meire Fernandes, através do Conselho nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq) com a colaboração de Aristides Oliveira.

exotismos con-Tradições

A MENDICÂNCIA PODE SIM SER INSTRUMENTO TURÍSTICO.
COMO DIZ SGANZERLA: "SEM PROBREZA NÃO HAVERÁ FOLCLORE".

O EXOTISMO VISTO COM A IRONIA NECESSÁRIA PARA REFLETIR SOBRE A NORDESTINIZAÇÃO DE NOSSOS CONCEITOS E LAMENTAÇÕES ARTÍSTICAS DIÁRIAS...

Corpo, cartografia, linhas...

Adoro essa reflexão que fizeram sobre meu trabalho:
"Retorica armamentista desqualificada para fazer uma narrativa como esta,cinema que faz justica com as proprias maos e inutil ate na sua boa epoca,vejo aqui muito mais maquiagem nas palavras e imagens deste video planfetario,do que nesta obra,que e mais util para as pessoas,que a antiga casa de banho de criancas de rua e mosquito causador da dengue.Parabens Silvio e sua equipe,esta mais linda ainda nossa principal avenida,lamento o pensamento provinciano,mas ate uma pedra sonha em ser uma casa."

Ahh... disseram também:
"Pensamentos saudosistas, em teresina, só reforçam o provincialismo...
ao meu ver seus pensamentos são provincianos ao querer lutar pelo mantimento do estado da avenida como era, q diga-se de passagem ela não tinha funcionalidade! n entremos em achismos politicos.. que sobre isso, então, todos os politicos sejam corriptos.. só pelo fato de eu achar... mas que a avenida era perigosa de ser andada era.. e a reforma melhorou, n ficando bonita, mas sim tendo funcionalidade."

MEU PANFLETO FOI ENCARADO COMO REACIONÁRIO.
PELO MENOS O DEBATE FOI LEVANTADO.
VIVA O REACIONÁRIO E O PROVICIALISMO DA PRIMEIRA REPÚBLICA!!!


CASA DE DETENÇÃO DA GULA

Realizado através da apropriação poética de "Inventário de um Feudalismo Cultural", venho através desse experimento dialogar com Jomard Muniz de Britto e Matmos a condição do que nós somos a partir do que nós comemos, fazendo referência a um delírio do Ser carnívoro, vivendo um manifesto de tabela, ao lado de vegetarianos fundamentalistas que condenam a espera da morte alimentar...



Crítica e análise de Angélica de Moraes:
"Adorei o título. Novamente uma boa idéia mas, talvez funcione melhor reunida com "Universo Paralelo". O único vídeo em que a trilha sonora não cumpriu seu papel, resultou meio ilustrativa e óbvia. Outra coisa: acho que colocar os textos sobre fundo preto tira a fluidez do video, corta o ritmo. Fica melhor quando você sobrepõe imagens palavras".

Angélica de Moraes é crítica de artes visuais, curadora independente e jornalista cultural. Formada em Jornalismo pela PUC-RS (Porto Alegre), cursou pós-graduação em Artes Visuais Teoria e Praxis (PUC-RS); é mestranda em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, sob orientação da prof. Lucia Santaella. Participa do Conselho do Projeto Lygia Pape (RJ) e é coordenadora curatorial do Instituto Cultural Thomaz Ianelli (SP). Escreve na revista Bravo! e já colaborou no caderno cultural Mais! da Folha de S. Paulo e no caderno cultural (Caderno 2) do jornal “O Estado de S. Paulo”.

EVENTOS QUE PARTICIPOU:
Mostra Índice de Video Arte, (PE), 2007.
8 Mostra do Filme Livre, (RJ), Abril de 2009.
Festival Câmera Olho, (SP), 2007.

ÂNSIA CRIATIVA

O ARTISTA QUERENDO SAIR DAS EXTREMIDADES DO DESENHO.
RISCOS E RABISCOS.
O SONHO DE NÃO SER MAIS LÚCIDO.
A ARTE COMO ÚNICO RECURSO DE NOS DEIXAR SÓBRIOS.
SUA ABDUÇÃO QUE GERA MORTE, A DOR DE NÃO JOGAR COM AS CONTRADIÇÕES.
A MORTE COMO VETOR INEXORÁVEL.

UMA HOMENAGEM A JOMARD MUNIZ DE BRITO E GÊ DOMINGUES...



EVENTO QUE PARTICIPOU:
1 Festival Regional de Vídeo Bolso do Maranhão, (MA), 2007, Menção Honrosa.
Mostra Índice de Video Arte, (PE), 2007.

CORPO PÓS ORGÂNICO

O CORPO VIRTUALIZADO, O FIM DOS MAPAS RÍGIDOS QUE DEFINEM OS CORPOS
NA CONCEPÇÃO ARVORESCENTE DA VIDA.
PENSAR OS RIZOMAS EM SUA BRUTAL POSSIBILIDADE DE PRAZER, A WEB CAM REINVENTANDO OS TOQUES...
SOMOS OU NÃO FILHOS SO FIM DA GEOGRAFIA CORPORAL?



EVENTOS QUE PARTICIPOU:
IV Festival Nacional de Vídeos Universitários (ES), Agosto de 2008.
8 Mostra do Filme Livre (RJ), Abril de 2009.
16 FESTIVIDEO, (PI), Dezembro de 2008, Menção Honrosa.

OPINIÃO PÚBLICA REVISITADA

A CLASSE MÉDIA BRASILEIRA SE PERGUNTA?
O QUE DEIXAMOS DE BOM NO PÓS GOLPE PARA AS FUTURAS GERAÇÕES?
ARNALDO JABOR É REPENSADO EM NOVOS QUESTIONÁRIOS E LAMENTOS/CORTES, REVISANDO
O CINEMA NOVO NA SÍNTESE DA ÂNSIA ATUAL.
MOBILIDADE OU MUDANÇA?
ESPERANÇA OU ROMANTISMO REVOLUCIONÁRIO?
UM GOLPE NA ALMA?

DIÁLOGOS F-R-A-G-M-E-N-T-O-S

VÍDEO REALIZADO ATRAVÉS DA COLAGEM EM SINTONIA DO UDIGRUDI NACIONAL.
REFLEXÕES ENTRE IMAGENS ESQUECIDAS PELA COMPRESSÃO MERCADOLÓGICA DO CINEMÃO, UMA ARQUEOLOGIA NAUSEABUNDA DA SUBVERSÃO CINEMATOGRÁFICA BRASILEIRA.



EVENTO QUE PARTICIPOU:
II Mostra de Cinema Marginal, (PI), Novembro de 2008.
Abertura do evento.

Anexo:

Este espaço é recentemente criado para exibição videográfica de Aristides Oliveira e seus links formados pela experiência em contatos gerados nas linhas de varredura poética audiovisual.
Aqui, os textos e conceitos anteriores da resultante imagética serão um meio de incluir as reflexões do processo criativo dos vídeos apresentados.